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Afinal, o Windows Phone é Multi-Tarefa ou não?

30 de março de 2012 4 comentários

Com os lançamentos dos Lumias, muita gente começou a colocar a mão nesses fantásticos dispositivos. E finalmente algo que era meramente um conceito chegou ao grande público. De todo tipo, leigos, geeks, fanboys, desenvolvedores. Alguns ficaram extasiados com a experiência e correram pra adquirir o seu. Outros, gostaram, mas preferem seus dispositivos anteriores, sem citar razão, simplesmente porque gostam deles.

Outros, se resumiram a atacar a novidade, incluindo citando características técnicas.

Chegaram inclusive a dizer que o sistema não é multi-tarefa.

Inclusive chegaram a mencionar que, o que o WP faz é meramente guardar atalhos para as aplicações.

O que é um…grande equívoco.

No Windows Phone, o que ocorre simplesmente é que o foco é o gerenciamento de recursos para um gasto mínimo possível e otimização da performance.

Antes de qualquer coisa: Um celular tem recursos de hardware finitos e concorridos. Planos de dados 3G são escassos e caros.

Pra entender isso, você precisa entender os estados de um aplicativo Windows Phone.

Ciclo de Vida de um WinApp

Estados da App

Estado 1 -Running –  “Rodando”

Você clicou no tile de aplicativo. Ele abriu e está ativado, pronto pra você utilizá-lo. Ele é prioridade pra você, e se você está utilizando, é o mais relevante para o seu uso no momento. Logo, é interessante que ele disponha do máximo de recursos possíveis pra que ele rode o mais “liso” possível, sem travadas.

Estado 2 – Dormant – “Dormente”

Você abriu outro aplicativo, ou clicou no botão “Windows”. Logo, outra atividade se tornou mais relevante para você. Então o aplicativo anterior fica em estado Dormant. Ele ainda está vivo, sua instância continua criada, mas ele têm seu acesso a recursos muito restritos. A instância permanece viva pelo fato de como você acabou de sair da aplicação, pode querer voltar em breve à ela. Você pode ter saído pra fazer algo pontual. Então ela mantém em memória os dados populados. Apesar disso, é importante guardar os dados que estão populados no disco local. No próximo estado veremos porque.

O interessante é que, nesse estado, se você quiser que o Aplicativo continue fazendo algumas atividades, por exemplo, tocando uma música ou consumindo dados, ele pode usar um recurso chamado “Background Agents” para isso.

Estado 3 – Tombstoned – “Enterrada”

O SO verifica que sua aplicação está dormente por muito tempo, que sinaliza que você também provavelmente não tem interesse em utilizá-la mais. Logo, não faz sentido, apesar de ainda ter seus recursos restrito, ainda ocupar lugar na memória. Logo, pra preservar ainda mais o harware e valorizar a performance, a aplicação é “Enterrada”.  Ela continua na lista de aplicativos abertos, mas a sua instância é deletada da memória.

Estado 4 – Closed – “Fechada”

Você estava com a aplicação aberta e, ao invés de clicar no botão “windows”, colocando a aplicação explicitamente em memória, você apertou no botão “voltar”, que sinaliza que você fechou a aplicação, não quer mais usar. Ela é fechada completamente, e sai da lista de aplicativos “abertos”.

Em suma, se o usuário abrir a App List, e clicar no aplicativo anterior, se ele estiver Dormant, ele volta pro Foreground como estava. Mas se você ficou sem acessá-lo por muito tempo e o SO colocou ele pro estado Tombstoned, ele volta, mas como a instância dele foi deletada, ele não vai popular os dados automaticamente.  Pra isso, como falei no estado 2 que você salvou os dados no disco local; se ele voltar do mundo dos mortos, ele localiza os dados guardados, e se popula novamente.

Eventos Chamados para mudança de Estados

Com esse novo tipo de paradigma, o SO visa basicamente:

– Otimizar recursos

– Diminuir uso da bateria

– Otimizar uso do consumo de dados

– Processo relevante em primeiro plano

– Processos menos relevantes em segundo plano

Logo, não é que o Windows Phone não é Multi-task. Ele é. O lance é que ele “parece” não ser. A idéia agora é não é tratar um aplicativo que não está sendo usado como o Windows trata hoje, simplesmente minimizando ou tacando no tray.  Porque deixá-lo consumindo memória,bateria, ou ocupando ciclos do processador? A não ser que o programador deseje isso explicitamente, que seja relevante pra sua aplicação. Aí ele usa os tais “Background Agents”.

Interessante que vemos esse mesmo tipo de conceito é utilizado no iOS, e ninguém tenta gritar aos quatro ventos que ele não é multi-tasking. Sinal que o Windows Phone já está incomodando…e os argumentos estão ficando cada vez mais escassos. O Marketplace da Microsoft já está com 70 mil aplicativos. E contando.

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O Ecossistema

13 de março de 2012 Deixe um comentário

Semana passada foi lançamento do “novo” iPad. O Tablet, que já era animal, ganhou mais umas “cositas” que o tornou ainda melhor. A resolução, o gerenciamento das fotos. Mas o que estava de olho mesmo era no lancamento da Apple TV. Principamente depois do anúncio recente do Mountain Lion pro Mac. Por quê? Pelo ecossistema que a Apple está cada vez mais correndo atrás. Porque eles sabem que esse é o futuro da tecnologia na vida das pessoas. Não só mais um produto revolucionário, e sim a extensão da experiência do usuário com os produtos existentes e por outro lado ainda fidelizando os clientes. Você pode não estar percebendo, mas as empresas já estão correndo pra isso.

Não entendeu? Foi de propósito :D. vamos por partes.

O que é o Ecossistema?

Como citei nos posts anteriores, hoje em dia as fabricantes perceberam que, além de features,  deve-se valorizar a experiência do usuário com seu dispositivo. E essa experiência se resume a Entrada e Consumo de dados, além da Mobilidade. É, só isso. Mas o pulo do gato atual é prover essas coisas, da forma mais confortável, nas ocasiões corretas e de um modo que seus dados estejam sempre lá. E que você não tenha que se adaptar entre a experiência de utilização entre os dispositivos…que seja completamente fluida e intuitiva. Isso é o que o Ecossistema vem prover.

O Ecossistema são divididos, atualmente em 4 pilares. Coloquei notas pra categorizá-los em termos de experiência, que vão de 0 – Inexistente a 5 – Ótima.

1 – SmartPhone – Consumo de Dados: 2, Mobilidade: 5, Entrada de Dados: 4

O pilar mais móvel. Está sempre com você já que é um telefone. Então, pra não ser desconfortável, deve ser pequeno o suficiente pra ser portátil. Com essa características, é o device perfeito pra fotos eventuais, e consultas rápidas às redes sociais, mensagens e Compromissos. Com seu teclado bem adaptado às mãos, especificamente aos dois polegares, é um bom dispositivo de entrada de dados rápidas. Bom também pra consumo de músicas e utilização de Apps úteis no cotidiano.

Ex.: Nokia Lumia, iPhone, Samsung Galaxy, PS Vita

2 – Tablet – Consumo de Dados: 3, Mobilidade: 4, Entrada de Dados: 3

Pilar também móvel, “pero no mucho”. Tela maior impede de levar no bolso, e a Entrada de Dados não é boa, já que, segurando com as duas mãos, toda a extensão do teclado não é alcançada. Acaba-se usando então com uma mão segurando, outra digitando, geralmente o indicador. Porém a tela maior ajuda a consumir dados melhor do que no SmartPhone, e quase tão bem como no PC. E diferente do PC, ele é muito menos trabalhoso pra se transportar, mesmo dentro de um mesmo ambiente.

Ex.: iPad, Galaxy Tab, um futuro “provável”  Tablet Lumia.

3 – Computador Pessoal/Laptop – Consumo de Dados: 3, Mobilidade: 3, Entrada de Dados: 5

O Pilar ainda menos móvel. Mas como a tela é geralmente maior que do tablet, e a entrada de dados é imbatível, tirando a telecinese. É o mais confortável de se consumir e inserir dados. Mas é chato de transportar. Geralmente, o trabalho corporativo é feito nele, já que geralmente tem um Hardware decente.

Ex.: Macbooks, Laptops Windows, Laptops Linux, Chromebook.

4 – Media Center – Consumo de Dados: 5, Mobilidade: 1, Entrada de Dados: 2

O Pilar praticamente imóvel. Mas tem um consumo de dados como principal foco. No caso, ele é o cara que você vai querer consumir a mídia que você baixou com os outros pilares, como filmes e jogos. Nada melhor do que você sentar no sofá, e ver um filme na sua TV, por exemplo. O único problema é o fato de que Entrada de dados é muito limitada. Até porque você provavelmente vai estar distante. Mas coisas como controle por gestos ou voz, além de poder usar o Celular como controle, melhoram essa experiência.

Ex.: XBox, Apple TV, Google TV, TVs Inteligentes(Samsung, Sony Bravia, LG), Playstation.

A Day in the Life

Então, qual é a grande sacada? A mudança no seu dia-a-dia.

– Em trânsito, use seu smartphone, claro. Redes Sociais, Músicas, Fotos, GPS, até Chat, sempre com você.

– Na sua estação de trabalho,  mudança de contexto pra Laptop. Nesse momento, não é necessário mais nenhum dos outros gadgets. Consumo e inserção de dados de forma confortável.

– Chegou em casa.

Vai ler? Pega o Tablet. Dá pra sentar no Sofá ou na cama e se divertir.

Vai jogar? Se o Media center for um Console de Vídeo-Game, acesse o conteúdo da nuvem, baixe seu jogo e bom divertimento.

Vai ver um filme? Liga o Media Center, prepare uma pipoca e aproveite seu sofá e sua TV de dezenas de polegadas. Ou pegue o tablet, e como o conteúdo está centralizado na nuvem, sente no seu quintal, puxe uma cerveja e have fun.

E como já disse, se você usa os produtos do mesmo ecossistema, seus dados estão sincronizados na nuvem dessa solução. Como exemplo, temos o Skydrive, da Microsoft e o iCloud da Apple. E o modo de interação com o dispositivo sendo o mesmo, a mudança de contexto é imediata. Por isso a Apple está correndo pro Mountain Lion e Apple Tv. Por esse motivo, a Microsoft vai unificar seus pilares pra rodarem todos com o mesmo Windows 8 e a mesma interface Metro.

Então veja o que falta pra completar sua coleção e curtir essa experiência em sua plenitude.

– Se você quer ir pro Ecossistema da Apple, tem que ter um iPhone, um iPad,  a Apple TV e um Mac. Meio caro, mas estão montando direitinho.

– Se preferir o ambiente Microsoft,  Um Laptop com Windows, um X-Box, um Windows Phone e o Tablet Windows. Mais em conta, principalmente se você já tem um PC com Windows. E ainda ganha um video-game de lambuja 😀

– Se quiser ir pro Google…esse ainda tá tentando se encontrar.

Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo – Season Finale – O Terceiro Player

Continuação da série de artigos “Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo”. Pra ver o post anterior clique aqui.

Connecting People – Put People First

Duas Marcas fortes. Uma especialista em Hardware, que costuma ser imbatível. Outra especialista em Software, que conseguiu fazer um ótimo trabalho e sempre manteve um ótimo relacionamento com os Desenvolvedores. Provavelmente um preço agressivo. Surge mais um Player muito forte. E pelo meio de duas empresas, que têm por característica, se reinventar.  Mas ainda não bati no ponto forte, no maior trunfo, na coisa que realmente vai revolucionar o modo como nos relacionamos com nossos gadgets: O Ecossistema. Mas isso é assunto pro próximo post, em breve.

Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo pt.7 – Nokia strikes back

Continuação da série de artigos “Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo”. Pra ver o post anterior clique aqui.

Nokia Strikes Back – Microsoft Joins the Party

De repente o Android virara um Frankenstein. Com a experiência do Meego, a Nokia simplesmente tomou uma decisão drástica. Não queria ser mais do mesmo abraçando o sistema do Google. Não queria o lugar comum das telas com ícones clicáveis, aliás, coisa que ela mesma criou, queria algo diferente. Mas não restava muito tempo, pelo “time- to-market” ela estava bastante atrasada, e as séries “low-end” não iam segurar o tranco por muito mais tempo. Não iria seguir o desenvolvimento do Meego, não poderia mais se dar ao luxo de fazer algo do zero. Olhou o mercado pra ver o que tinha de interessante e já pronto, ou quase. Então a Microsoft, que tinham o novo Windows Phone 7 no LG e no HTC, mas  de forma um tanto  tímida, e a Finlandesa, não sei por iniciativa de quem, sentaram pra uma conversa. A Microsoft queria se recuperar porque também ignorou o mercado e achou que o Windows Mobile ia viver pra sempre, correu atrás e criou uma nova metáfora, os Tiles, experiência positiva do Zune. Juntando, a Microsoft, cuja especialidade é desenvolver software, e a Nokia, que tem um “Brand” forte em Hardware. Pode dar certo.

Surge o projeto Lumia. O Hardware do N9 era muito bom. Aproveita  o bicho. Windows Phone é muito bom também. Junta um com o outro, quase um ano depois e têm-se os Lumia 800. Tive a oportunidade de tê-lo em mãos na Campus Party em 2012, usando no dia a dia por uma semana. Achei fantástico. Da Nokia, como já dito, pegou o design do N9, e os já tradicionais durabilidade da bateria, robustez, câmera de altíssima qualidade. Da Microsoft, toda experiência com erros e acertos em décadas de desenvolvimento de software, culminando em um SO bonito, prático e robusto. Juntou também uma integração visceral com as redes sociais.

“Hands-on” no Lumia 800.

Coloquei minhas contas do Live, Face, Twitter e Google  e de repente parecia que eu tinha esse telefone à séculos. Contatos e Calendários sincronizados, Timeline mesclada e disponível, celular conectado no Live, Gmail baixado e operante. Junte a isso que o Office já vem nativo, juntamente com o Nokia Drive Offline, que é fantástico(A Nokia gastou uma boa grana nisso) e as “Capabilities” do Bing, pra uma busca interna bem efetiva. E o melhor, sem eu perceber, minhas mídias foram sincronizadas no Skydrive!

E não é só isso! Lembre-se que a Microsoft teve aquela experiência com o Zune, então, o tocador de mídia nativo é o próprio. Inclusive a Interface metro nasceu dele. Logo a experiência com Mídia e Vídeos já foi experimentada e lançada como produto final. E não decepciona. Adorei não precisar do maledeto iTunes. Uma das razões do Jailbreak que fiz no iPhone foi justamente pra poder usar outro gerenciador de mídias.

Só faltam as Apps.

Mas até nesse aspecto, good news. A Microsoft disponibiliza uma IDE  fantástica para desenvolvimento de software O Visual Studio Express for Windows Phone, especificamente. A curva de aprendizado da IDE é simples, a linguagem é C# ou VB, E se você for estudante, tudo é de graça.

Somando o fato de que a Nokia vai lançar modelos do “mid-range” pro “High-end”, e o fato da Market Place da Microsoft não permitir aplicativos porcaria, está sendo muito atraente pra novos desenvolvedores. E com isso, a quantidade de Apps está crescendo muito(de 7K para 65K), inclusive os Ports de aplicativos que já existem em outras plataformas, essa é uma grande oportunidade dos devs monetizarem também com essa nova plataforma. Dessa forma, o gap de apps tende a diminuir agressivamente inclusive, com o port de alguns já existentes. Além do mais, Institutos Nokia do mundo inteiro, inclusive o de Manaus já possuem equipes trabalhando em vários projetos de apps para que isso não seja um ponto negativo pra quem pensa em comprar um WP.

Por fim, no próximo artigo, a conclusão dessa estratégia no post Season Finale – O Terceiro Player

Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo – pt.6 – Mas…Mas, como assim Google?

Continuação da série de artigos “Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo”. Pra ver o post anterior clique aqui.

 Que história é essa Google?

No fim de 2011, ums surpresa. A Google comete um movimento estranho ao adquirir a Motorola Mobility, mesmo com o discurso de que foi pelas patentes. Não por adquirir, mas por manter em atividade e dizer que a Motorola vai continuar produzindo seus smartphones. Deja vú do Google Phone. De repente, apesar de continuarem lançando Androids, o Bada vem resurgindo na Samsung. A própria Sony lançou o Vita pro seu PS, e já disse que ele funcionaria pra rodar em um SmartPhone e Tablets. Com a liberação do Web OS para a comunidade, a HTC começa a flertar com o SO da HP. Sendo que a HTC já lançou um Windows Phone. A LG já tem há mais de um ano. Começa-se a diferenciação…em parte. Se todos lançarem o Sistema Operacional de Redmond, cai-se no mesmo problema. Espera aí, eu falei Windows Phone?

No próximo artigo, a novíssima estratégia da Nokia pra virar todo esse jogo, no post Nokia Strikes Back

Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo pt.5 – Corrida Maluca

Continuação da série de artigos “Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo”. Pra ver o post anterior clique aqui.

Corrida Maluca – Todos querem o Robô

A Apple mostrara o caminho, a Google, que de grande qualidade pode-se mencionar que ela se adapta rapidamente às nuances do mercado, proveria o veículo, e era só todos embarcarem e estamparem sua marca pra tentar vencer essa corrida.

Vale ressaltar que a Google não é boazinha: quanto mais portas de entrada para a web passarem pelo seu veículo de busca, nesse caso móvel, mais ela fatura em propaganda, que é seu negócio de fato.

Nesse meio tempo, a Motorola, que já tinha sido uma gigante nesse mundo, só sobrevivia de “flavors” do V3. Muito mais do mesmo. Começou, obviamente a ir mal das pernas, pois seus telefones não eram muito baratos. Como o sempre teve o pior OS dos celulares(sério, muito ruim mesmo), teve a decisão acertadíssima de utilizar o Android. Salvou a empresa e deu a visibilidade inicial que o sistema da Google precisava. Vieram vários modelos, Droid, Razor, Milestone, Atrix. Mas o problema é que nunca foram muito baratos, e sempre focaram nos high end, em rivalizar com o iPhone. Mas no mínimo mostraram que existia uma alternativa. E na Motorola se faz uma prece ao “Big G” todo santo dia.

Motorla Milestone 2

A Samsung, cujo SO não se comparava a nada no mercado, resolveu adotar o Android e meter o bicho em todo nincho possível, e não teve o menor escrúpulo em chupar o máximo possível da interface do iPhone. E deu certo. Tem android pra todos os gostos, baratos, caros, tela grande, tela pequena, nesse meio tempo LG e HTC também entram no mundo dos androids. Com tanta disponibilidade, os Desenvolvedores começar a disponibilizar seus Apps pro sistema. Agora também ZTE(que não sabia nem que existia), Sony(Sei, já faz algum tempinho) e Panasonic(que não sei nem por onde andava).

Samsung Galaxy x iPhone

Então, praticamente todas as fabricantes têm Android. Como se diferenciar? Sobrou o Hardware. É, como há uns 10 anos atrás. Então você vê de tudo. Processadores MultiCore, telas dos mais variados tamanhos, câmeras das mais variadas configurações. Todos lançam tanta coisa que você vê todo mundo com tudo. Uma verdadeira salada e cada uma configurando o android do seu jeito, causando uma fragmentação incrível. Soma-se isso ao fato da liberdade que o Android te dá, tanto pra instalar aplicativos de terceiros quanto pra publicar qualquer coisa na loja, sem aprovação. Resultado? Vírus, aplicações que matam outras, consomem muitos recursos, uma “Casa da mãe Joana” de bolso. Fiz bem em manter meu iPhone.

Mesmo Hardware, mesmo SO, mesmos problemas. Sobra o que pra tornar seu SmartPhone único? A Marca? O Preço? Talvez algo mais.

Mas algo mudou nesse meio tempo com uma surpreedente aquisição. Mostro no post Mas…Mas, como assim Google?

Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo – pt.4 – I, Robot

Continuação da série de artigos “Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo”. Pra ver o post anterior clique aqui.

O Robô da Google

Como seria o Android

Lembro também que mais ou menos nessa época de 2007, talvez até antes, a Google iniciaria o projeto Android, adquirindo a empresa que o criou. De início, era bem diferente do que é hoje. Inclusive era um celular com tela pequena, e teclado qwerty ocupando metade da tela, como um E71 da vida. Mas a sacada foi que, quando viram o iPhone, diferente da Nokia, que como já disse,  nesse momento deveria ter iniciado o projeto Meego, foram atrás de adaptar a sua interface pra essa nova User Experience. Puxa dali, muda dali, fecharam inicialmente com a HTC e lançaram o G1, o Google Phone. Tela grande, de toque, teclado físico deslizante Qwerty, pq o foco era input de dados. Ainda não acreditavam no teclado virtual. Esse momento foi fatídico pros fabricantes mundiais. Finalmente caiu a ficha de que a maioria dos OS’s era simplório. O Hardware definitivamente ficava em segundo plano. A porta de entrada do uso do Celular era o Sistema que ele embarcava. E a tela tinha que ser grande para melhorar a interatividade e o consumo de dados(aliás, a bola fora da Palm. Assunto pra outro post).

Eu mesmo em meados de 2009 fiquei tentado em vender meu iPhone 3G na época pra comprar um Google Phone. É, antes de disseminar em todas essas operadoras, o Google tentou fazer o seu telefone, Era um segundo modelo, pós G1 que mencionei acima. Esse tinha teclado virtual. Construído também pela HTC, foi posto à venda no seu próprio site, sem subsídio de operadora, de forma inteiramente independente. Claro que não ia dar certo. Pessoas comuns, quando querem comprar um telefone, vão ao Shopping e vêm qual celular comprar junto com seu plano, não vão na internet. Sorte deles que voltaram atrás rápido o suficiente pra se recuperar. E outra, fabricar seu próprio celular ia soar estranho pros fabricantes. Novas atualizações, obviamente iriam chegar para seu próprio aparelho, depois para os outros.

Então, ia vender meu 3G e comprar um Google Phone. Eu já era fã do gigante de mountain view e suas ferramentas. Gmail, Reader, Calendar, o Chrome. Usava e ainda uso muito até hoje. E gosto do lance de ter tudo na nuvem, disponibilizado onde eu quiser. Fora que ele tava com uma interface bacana…parecia…parecia…um iPhone. Mas não era tão bonito.

Em suma eu ia trocar um celular com design que já gostava por outro não tão bacana, porque convenhamos, curto o estilo “Clean” dos produtos Google, mas gosto mais do estilo “Cool” dos designers da Apple. E tinha os aplicativos, que era o que definia a minha boa User Experience com o sistema da maçã. Vou trocar para quê? Vamos deixar esse barco correr pra ver se surge algum diferencial que me faça mudar de idéia. Mas por hora, me deixe aqui com meu “precioso”. A moçada do Android retrucava que o bicho não era fechado como o da Apple. Oras, uma das primeiras coisas que fiz no iPhone foi abrir o sistema com Jailbreak e tacar o terror. Instalava o que queria, acessava via ssh, transferia arquivo, etc etc. “Ah, mas não é livre”. Me atende. Tô pouco me lixando. Meu último iPhone nem jailbreak tinha mais.

No próximo post, vou mostrar como o advento do Android estimulou praticamente todos os fabricantes a adotá-lo no Corrida Maluca

Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo pt.3 – Who’s that Guy?

Continuação da série de artigos “Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo”. Pra ver o post anterior clique aqui.

 Nokia Ignora o novato“Temos o Symbian e o melhor Hardware do Mercado”

O problema pra Nokia era que ela não viu o iPhone como uma ameaça. Por dominar o mercado, continuou no jogo com arrogância de campeã. Lançou o N96, que era um N95 melhorado, mas ainda sem teclado qwerty. Depois, lançaram o N97 e o N800, já com teclado Qwerty físico deslizante. Hardware ainda ótimo. Mas não perceberam que o Hardware não importava mais tanto. As pessoas procuravam uma experiência melhor de uso, e o Symbian, o tradicional e bom sistema, não oferecia mais isso em interfaces de toque. E o iOS foi ganhando terreno.

Por fim, a Nokia lançou o N8. Ótimo hardware, como sempre foi marca da Nokia. Mas ainda com Symbian. Ficava claro que algo tinha que ser feito ou a batalha dos smartphones estaria perdida para sempre. Uma alta aposta foi feita. Em uma parceria com a Intel, a Nokia lembrou do seu sistema pra Tablets Maemo(É, tablets, a Nokia chegou antes nessa também, mas isso é assunto pra outro post) e resolveu unificá-lo com o Moblin da fabricante de chips formando o Meego. Chegou a ser desenvolvido e lançou o N9, agora sim, com um Hardware ainda melhor, e agora com um bom sistema. Mas…um pouco atrasado e não trazendo uma grande novidade em relação ao iOS. Mesma telinha com ícones clicáveis. Eis que entra no jogo a Microsoft. Mas antes, deixa eu voltar novamente no tempo, abrindo uma outra Thread.

Nokia N9

No próximo post, veremos comos o outro player, correndo por fora, entrou na dança e pegou uma grande fatia do mercado no post I, Robot

Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo pt.2 – Antes de 2007, Depois de 2007

Continuação da série de artigos “Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo”. Pra ver o post anterior clique aqui. 2007 – E o mundo dos Celulares nunca mais seria o mesmo Descansou é pouco. Dormiu.Hibernou. Aí um maluco mostrou em 2007 o que seria uma quebra de paradigma. Surge o iPhone. Sem teclado físico, tela multitoque capacitiva, sem entrada USB, Bateria interna, 3.5”, o que era uma telona. Rodava uma variação do OSX do Mac, permitia aplicativos, mas sem poder instalar programa de terceiros. O mercado de Smartphones nunca mais foi o mesmo. Lançamento do iPhone Voltando um pouco no tempo, lembro que em 2005 comecei a fazer bico de noite em uma empresa, para desenvolver um aplicativo para o saudoso Palm, mais especificamente o Palm TX. Achei fantástica a plataforma. Pedi pro dono da Empresa pra poder levar o bicho pra casa pra brincar com ele. Gostava de, à noite, ir no meu quintal e ler algo e escutar uma música, às vezes acompanhado de uma cervejinha pra relaxar. O problema é que era meio desconfortável levar o note pra isso, e a bateria não ajudava muito. Aí entrou o Palm. Quadrinhos, textos, Internet com o Opera, mails, e ainda tocava música.  Um dia, já meio “legal” e mexendo na calculadora, olhei pra minha esposa e profetizei: “Se esse troço ligasse…”. Por isso fiquei tão eufórico com o lançamento do telefone da Apple. Além de proporcionar tudo isso, eu sempre curti design, e o dele era impecável pra época. Por isso também, quando li os rumores sobre o tablet deles, vi que me serviria perfeitamente. Mas vou extender esse assunto em outro post, quando falar sobre Ecossistema. Pra mim justamente a diferença entre Features Phones e Smart Phones foi essa mudança de paradigma. É tudo questão de Input e Output de Dados. Se o foco é esse, é Smartphone. Um mini-pc, fazendo quase tudo que você teria que abrir um computador pra fazer. Se o foco é ter uma câmera, um media player, um gps ou até o Messenger que liga, é feature phone. Até então é a melhor definição que encontrei. Nokia 9300 – Communicator A Nokia tinha até ido por esse caminho com a Nokia Communicator Series. Foi praticamente o primeiro Smartphone. Todas as features possíveis da época, e com um Design muito bacana. Foi meu papel de parede até. Mas acabou sendo antes do seu tempo demais…talvez por isso tenha dado pouca atenção à esse lançamento.

No próximo post, a atitude da Nokia diante o que aconteceu no post Who’s That Guy?

Nokia e Microsoft – Por que vai dar certo.

29 de fevereiro de 2012 3 comentários

Um pouco de história…

Pessoal, o post é um pouco longo, mas achei necessário colocar bastante informação, até porque a história é longa. Por isso dividi em algumas partes, sendo essa a primeira do total de 8. Anteriormente era um post só, que imagino que foi visualizado, mas provavelmente não lido até o fim, o que me fez realizar a atualização.

Essas não são informações oficiais. Só minha timeline com esse mundo dos celulares, e a minha profecia do que teremos pela frente. Mas para prever os eventos vindouros,  temos que olhar para o passado distante. Vai ajudar a entender alguns eventos inclusive o atual. Não fui patrocinado, ordenado ou “sugerido” a fazer tal post. É meramente uma iniciativa minha. Já fui convertido, e agora somente estou espalhando o que aprendi 😀

Sem mais delongas, prossigamos.

Nokia Sai na frente

Na alvorada dos tempos,  os telefones eram basicamente definidos pelo Hardware Externo, o Design. Era pequeno, era fino, era de flip, de slide, era bonito, era feio. Existia uma inocência no ar, um clima de novidade em que nem o público sabia muito bem o que queria, nem as fabricantes sabiam muito bem quais caminhos seguir.  Praticamente o design exterior mandava. Tempos de Startac, tempos de 6120.

Nokia 6120

Eu mesmo curto esse lance de Gadgets desde esses anos. Tive um Mobi! Mas celular mesmo, comecei com um Audiovox “tijolão”, mas logo peguei meu 6120.  Nessa mesmo tempo, peguei um trampo em um instituto pra fazer aplicativos pra Nokia. Quando saí, com a grana da minha rescisão, comprei um Neo, da parceria Nokia/Gradiente, a NG. Pequeno, compacto, durável, bateria matadora, bonito.

E o que seguiu foi o segundo momento das fabricantes. No caso da Nokia, investir no Hardware interno e na diversificação dos aparelhos. Tinha pra todos os gostos. Funcionou muito bem pra ela. Nesse momento surgiram novos “Players”, a Sony Ericsson, investindo na mídia de som e na tela colorida, principalmente e a Siemens, com alguns poucos celulares nos vários segmentos. Fui pra outro instituto que dessa vez desenvolvia para a fabricante Alemã, ganhei uma viagem pra Munique, e lá comprei o Siemens SL55 (Além de degustar as maravilhosas cervejas bávaras ). Muito bacana, de slide, tela colorida, pequeno, muito bonito e podia instalar apps J2ME! O Hardware tanto interno quanto externo ainda eram o diferencial, mas o SO começava a ganhar atenção. Aí, em meados de 2006, a Nokia exagerou e lançou o N95 com Symbian. O Anúncio do telefone merecia um botão “Denunciar abuso”. E descansou.

Nokia N95

No próximo post, Veremos a reviravolta que aconteceu em 2007. no post Antes de 2007, Depois de 2007